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Insolente



Sua face nos remete a imagem frágil
Que mais se assemelha a uma fada
Mas olhando sua mente bem de perto
Se conclui que de frágil não tem nada.

É o óbvio que engana nossos olhos
Como miragem no deserto entediante
É o encanto que dos teus olhos
Se apresenta mais distante.

E quando são soprados os seus cachos
Pelo vento que machuca a pele rosa
Sua outra face surge imponente,

Então o inesperado se revela:
E do céu cinzento eis que nos surge,
a face oculta de um anjo insolente!

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