A mana toda orgulhosa disse pro vô: _ Vô, te amo! O vô todo sem jeito, sorriu, e como quem recebe elogio respondeu: _"brigado"!
A poesia suspirou de dó quando viu um homem sem sonhos. Rapidamente abriu seu baú de recordações e entregou ao homem algumas lembranças. A primeira era de um menino catando ingá num campo. O homem sem poesia sorriu, lembrou da infância. A segunda era de um rapaz tentando ganhar um beijo da moça. O homem corou, baixou os olhos como quem lembra. A terceira era de um homem sem rosto, largado ao acaso. Errando como quem sabe. E então os olhos ameaçaram uma lágrima. A poesia então suspirou e lançou a seguinte pergunta: Então, é isso que faz com seu passado? E o homem sem poesia chorou. E cada gota tornou-se o refúgio que depois tornou-se abrigo pra coração mais que sofrido. O homem só não via porque lhe faltava poesia.